Hello guys!!!
Matthew Quick ficou mundialmente conhecido em 2013 por ser autor de O Lado Bom da Vida, cuja obra foi adaptada para o cinema e rendeu o Oscar de Melhor Atriz à Jennifer Lawrence.
Por ter lido O Lado Bom da Vida e gostado muito, resolvi dar uma chance ao novo livro do autor publicado aqui no Brasil pela Intrínseca no segundo semestre do ano passado.
A temática do livro é forte e a própria sinopse deixa bem claro ao leitor que ele deve esperar por um história dramática:
Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto.
Perdão, Leonard Peacock não foi uma leitura fácil. Tive de parar de ler diversas vezes porque estar diante dos pensamentos de um adolescente perturbado pronto para cometer um suicídio-homicídio me incomodava e, estranhamente, esse é justamente o maior mérito do autor nessa obra. Ele fez com que eu estivesse na mente de Leonard, sentindo toda a sua depressão, tristeza, melancolia, ódio e solidão.
O decorrer da história me causou uma sensação ambígua. Ao mesmo tempo em que queria saber se
Leonard mataria Asher Beal e depois se mataria, desejei desesperadamente que alguém fosse capaz de salvá-lo. Leonard tinha que ser salvo. Ele precisava se convencer - ou ser convencido - de que o futuro poderia ser melhor.
Leonard mataria Asher Beal e depois se mataria, desejei desesperadamente que alguém fosse capaz de salvá-lo. Leonard tinha que ser salvo. Ele precisava se convencer - ou ser convencido - de que o futuro poderia ser melhor.
É difícil resenhar esse livro sem soltar algum spoiler. Porém, no geral, Perdão, Leonard Peacock é uma crítica à sociedade atual, onde muitos colocam o trabalho na frente da família e os adolescentes são forçados a acreditar que ser igual aos outros é o ideal e que ser diferente é motivo de repulsa.
A obra é muito bem escrita, mas o que me incomodou foram as dezenas de notas de rodapé. Toda as vezes que elas apareciam, sentia que o ritmo de minha leitura diminuía, pois era obrigada a recorrer ao fim da página para verificar qual era a opinião de Leonard a respeito de determinada situação. Acredito que se tais comentários fossem inseridos totalmente no texto, seria melhor. No mais, recomendo a leitura de Perdão, Leonard Peacock para quem está disposto a sair de sua zona de conforto e se deparar com uma história que te faz refletir.
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