quinta-feira, 20 de março de 2014

[RESENHA] Eleanor & Park - Rainbow Rowell

Hello people!!!

Um nome que vem aparecendo bastante na blogosfera ultimamente é de Rainbow Rowell. Isso só fez aguçar a minha curiosidade para ler os livros dela e quando a Novo Século publicou Eleanor & Park no mês passado, eu quase pulei de alegria (tem um comentário super legal do John Green bem na capa do livro!).

Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.


Eleanor é a garota nova no bairro, na cidade de Omaha, e seu primeiro dia de aula na escola começa já no ônibus, que possui territórios marcados e uma turma do fundão, liderada por Steve e Tina. Sem saber onde sentar, Eleanor acaba ficando ao lado de Park, um garoto mestiço que ofereceu o banco ao lado dele de maneira bem grosseira.

Eleanor e Park não se deram bem logo de primeira, porém o percurso que percorriam juntos, tanto de ida quanto de volta da escola, fez com que eles percebessem que tinham duas coisas em comum: amor à música e aos gibis. A partir daí amizade deles se desenrola, a qual logo se torna amor.


O livro consegue fazer o inimaginável: ser sensível e forte ao mesmo tempo. Eleanor & Park mescla momentos fofos, como aqueles de declarações românticas de Park, com momentos tensos, quando a autora explora a relação de Eleanor com sua família, que compreende uma mãe fraca, um padrasto alcoólatra, um pai que a abandonou e quatro irmãos mais novos.

Um detalhe que me agradou bastante na história é que ela se passa no final dos anos 1980 e há diversas referências sobre a cultura da época: walkman, fitas cassetes, David Bowie, The Smiths, X-Men, Watchmen, Impala, Tom Selleck e Punky, a levada da breca.


Eleanor & Park tinha tudo para ser clichê, mas não é. As personagens são bem construídas e os acontecimentos desenvolvem-se de maneira tão bem arquitetada que torna o final completamente possível e aceitável, mesmo que ele não seja o que o leitor espera.

Não sei muito bem o que aconteceu comigo em relação ao livro. Eu estava muito mais envolvida na história quando Eleanor e Park ainda estavam se conhecendo. Talvez o namoro deles não me convenceu logo de cara, mesmo eu querendo que eles ficassem juntos. Mas isso não deixou o ritmo da leitura menos envolvente. Eu não percebia os capítulos passarem diante dos olhos. Porém, não amei o livro como achei que amaria. Eu apenas gostei. Acho que toda essa propaganda positiva sobre o livro fez com que eu super o estimasse.

Quanto à edição do livro, ela possui boa diagramação, as margens são largas e a fonte é ótima para a leitura. Porém, a Novo Século pecou na revisão do texto. Há diversos erros e alguns deles chegam a afetar a compreensão. 

Se eu fosse dar uma nota para Eleanor & Park numa escala de 5, daria 4.

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