domingo, 30 de novembro de 2014

[RESENHA] O Doador de Memórias - Lois Lowry


Hey fellas!!!

Quando a adaptação de O Doador de Memórias chegou ao cinema, há alguns meses, corri para assisti-lo, uma vez que adoro distopias e o filme contava com um grande elenco.

Conforme contei nesse post sobre o filme, saí da sessão de cinema com vários questionamentos e presumi que eles seriam sanados se eu lesse o livro. Ledo engano...

 Sinopse: Em O doador de memórias, a premiada autora Lois Lowry constrói um mundo aparentemente ideal onde não existem dor, desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado, também não há amor, desejo ou alegria genuína. Os habitantes de uma pequena comunidade, satisfeitos com a vida ordenada, pacata e estável que levam, conhecem apenas o presente o passado e todas as lembranças do antigo mundo lhes foram apagados da mente. Um único indivíduo é encarregado de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis. Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas não faz ideia de que seu mundo nunca mais será o mesmo. Orientado pelo velho Doador, Jonas descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai se dissipando, a terrível realidade por trás daquela utopia começa a se revelar.

Antes de iniciar essa resenha, gostaria de ressaltar que a adaptação cinematográfica tem várias coisas diferentes do livro. Durante a leitura, tentei me desprender das cenas do filme e me focar de fato no texto, já que as comparações dificultavam meu processo de entendimento. Por isso, não pretendo apontar tais diferenças nesse post, porque seria cansativo e, além do mais, o que vale aqui é a qualidade e as impressões que tive da obra de Lois Lowry.

Jonas é um garoto de 12 anos que vive numa sociedade onde não existem sentimentos, cores, dores ou lembranças. O mundo que sua comunidade conhece é repleto de mesmice.

Cada integrante da comunidade possui uma profissão designada pelos Anciões. A Mãe de Jonas trabalha com a aplicação das Leis e o Pai do garoto cuida das crianças-novas.

Na Cerimônia de Doze de Jonas, o garoto recebe a mais honrosa atribuição da comunidade: a de Recebedor de Memórias. Jonas descobre durante a cerimônia que ele possui as qualidades necessárias para desempenhar tal função, dentre elas, a coragem e a capacidade de ver além.

Como a comunidade possui somente um Recebedor de Memórias, Jonas inicia seu treinamento com o atual Recebedor sem saber ao certo o que esperar. O novo Doador transmite inicialmente a Jonas, memórias agradáveis, mais ao passo que o treinamento avança, Jonas recebe memórias da dor, fome, guerra e morte, as quais fazem com que Jonas questione o seu mundo e tente mudá-lo.


A obra de Lois Lowry é uma boa distopia, mas a autora, em nenhum momento, explica como o mundo caminhou para o cenário apresentado no livro. Também não explica os critérios para a escolha dos recebedores, nem ao menos como eles são capazes de transmitir as lembranças.

O Doador de Memórias é um livro em que não se pode ficar preso a questionamentos, pois a maioria deles não é respondido e isso pode tornar-se um pouco frustrante.

Assim como no filme, o final do livro é ambíguo. Não sabemos ao certo o que aconteceu com Jonas. O Doador de Memórias possui uma continuação, mas as obras são distintas e contam com outros protagonistas e personagens. Isso me desapontou um pouco. Queria mais explicações sobre o final, que me pareceu corrido demais, além de não ser conclusivo.

Sinto que Lois Lowry poderia ter explorado bem mais o enredo de O Doador de Memórias. Porém, mesmo assim, a escrita da autora é muito boa e envolvente.

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